terça-feira, 25 de junho de 2013

NOTÍCIAS

Discurso é 'avanço' para governista e
'proposta maluca' para oposicionista

 

O discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da reunião com os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais no Palácio do Planalto recebeu críticas de lideranças da oposição no Congresso e apoio de parlamentares governistas.
A reunião foi convocada como resposta aos protestos de rua que desde a semana passada se reproduzem em várias cidades brasileiras.
Leia abaixo as reações de senadores e deputados ouvidos pelo G1 (os nomes estão listados em ordem alfabética).
Aloysio Nunes (SP), líder do PSDB no Senado
“Eu acho uma coisa inacreditável, uma das propostas mais malucas que eu já vi até hoje essa do plebiscito para a reforma política. Ela tinha que falar quais as propostas que ela tem em vez de fugir do assunto lançando uma proposta destinada a cair no vazio. Ela É uma resposta fake, que não é séria. Se ela tem alguma seriedade de reforma política, ela não teria ficado silente sobre o tema por três anos. Ela fala em pacto para a saúde quando seu governo se recusa a destinar 10% dos recursos para a o setor. Fala em pacto para o equilíbrio das contas públicas, quando o seu governo promoveu desequilíbrio fiscal. Sobre a proposta dos médicos estrangeiros, eu acho que tem médico brasileiro para ir para esses lugares desde que sejam concedidas condições de trabalho, de renda, de equipamento. Enfim, eu acho lamentável que ela tenha promovido uma reunião para não dizer nada consistente. Fez os governadores e prefeitos perderem tempo.”

Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado
“Gostei do discurso, acho que é um avanço importante. Achei boa a proposta de fazer um plebiscito para a reforma política, mas é preciso conhecer como é o detalhamento. A reforma política é necessária. Acho que é importante também trazer os médicos estrangeiros desde que seja para vagas recusadas. Ela também anunciou o apoiamento ao regime diferenciado de incentivo para o transporte coletivo urbano. Amanhã [terça], deveremos votar isso na Comissão de Assuntos Econômicos. Teremos acordo para aprovar essa proposta.”



Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara dos Deputados
"Achamos positivo ela trazer propostas, temos simpatia. Não somos contrários, mas temos que debater. Para fazer reforma política, deveria fazer também a reforma tributária. Até concordo com a ideia dela, mas teria que ter reforma tributária nos mesmos moldes."
Eduardo Sciarra (PR), líder do PSD na Câmara dos Deputados
“O PSD sempre apoiou uma Constituinte exclusiva para a reforma política porque dificilmente sairá do Congresso Nacional. Seria impossível, hoje, sair uma reforma política misturada com o dia a dia do Congresso. Sempre defendemos pessoas eleitas para esse fim, com prazo determinado. Quanto à educação, discordo da aplicação de 100% dos royalties porque alguns prefeitos nem conseguirão aplicar tanto recurso. Seria melhor deixar a critério dos prefeitos outras áreas que também pudessem receber essa verba.”

José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado
“A primeira colocação que eu faço é que ouvir o povo sobre qualquer tema é bom, mas não se pode ouvir o povo de forma inconstitucional. Você não pode convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para um tema só. Você só pode convocar para mudar a Constituição inteira. Você tem que votar a reforma política por emenda constitucional, e ela não foi votada  porque a base aliada não quer. Talvez ela queira criar um fato novo para desviar a atenção do tema que levou as pessoas às ruas.  O pronunciamento dela não deu respostas às questões que estão levando a sociedade à rua, que são questões de transporte, saúde, educação. Ela fez propostas superficiais. Parece que ela falou para um país que não está em crise. As propostas foram de uma superficialidade juvenil.”

José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara ds Deputados
“São cinco propostas absolutamente viáveis. A Câmara tem de, a partir delas, construir sua agenda. Eu incluiria uma sexta, que é a reforma tributária. O PT vai propor nesta terça [25], durante a reunião dos líderes, desencavar os projetos de reforma tributária que estão tramitando no Congresso. O país precisa de uma reforma tributária que concentre na taxação das grandes fortunas. Ou fazemos isso ou não teremos dinheiro para financiar o pacto de mobilidade urbana. Sobre a reforma política, tanto poderemos começar com os projetos que estão tramitando aqui [no Congresso] quanto pelo plebiscito que a presidente propôs. Temos de estar abertos para viabilizar uma ampla e radical reforma política."

Roberto Freire (SP), deputado federal e presidente nacional do PPS
“Temos um péssimo serviço de transporte urbano, particularmente do metrô. Por que a presidente irresponsavelmente inventa um projeto completamente destituído de sentido como é o trem-bala? Por que o governo não se preocupou, por exemplo, quando gastou os absurdos que gastou para a Copa, construindo estádios, com a questão da mobilidade das cidades que sediam o evento? Ela [Dilma] agora promete para o futuro, não fez nada lá atrás. Infelizmente, estamos cheios de promessas. Ela falou hoje de creches, mas deveria tomar cuidado de não falar disso, já que prometeu 6 mil e parece que não construiu nem 10."

Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara dos Deputados
“A reforma política que ela [Dilma] está propondo é algo que, sem dúvida nenhuma, vai trazer resultados, mas a longo prazo. O que a sociedade clama neste momento é por algo que possa ser mais rapidamente colocado em prática. Não é por aí que a sociedade espera. É algo que realmente mostre que as prioridades do governo não serão apoio à base do governo, aparelhamento do governo, criação de ministérios e aumento da base de apoio no Congresso Nacional visando a campanha de 2014. A sociedade não está interessada no processo de quem vai ser candidato e em qual partido esse cidadão está filiado.  A sociedade está interessada em uma coisa: hospital, escola e transporte padrão Fifa.”


G1 POLÍTICA



















Matrículas de aprovados no Sisu terminam nesta terça-feira


 Para ter acesso à lista, é preciso clicar no botão 'lista de aprovados' (Foto: Reprodução)
Termina nesta terça-feira (25) o prazo das matrículas para os classificados na primeira fase do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O estudante deve verificar local, horário e documentos necessários na instituição de ensino que o convocou.
Se a matrícula não for confirmada dentro do prazo, a vaga passa a ser disponibilizada na segunda chamada do Sisu, cuja divulgação da lista ocorre no dia 1º de julho. As matrículas para os convocados nesta fase devem ser feitas nos dias 5, 8 e 9 de julho.
Esta edição do Sisu atingiu a marca de 788.819 candidatos que fizeram 1.527.446 inscrições. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, 42,40% dos inscritos são cotistas e estudam em escolas públicas. Como cada candidato pode concorrer em até duas opções de curso, a quantidade de inscrições é diferente do número de estudantes inscritos

Segundo o ministro, a instituição de ensino mais procurada pelos candidatos é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Piauí e a Universidade Federal do Maranhão.
O curso mais concorrido é o de medicina na UFF seguido pelo de medicina na UFRJ e na Universidade do Maranhão.
Nesta edição, o sistema oferece 39.724 vagas em cursos de graduação em universidades federais e institutos federais de ensino superior. De acordo com os dados, 54 instituições já aderiram ao sistema com 1.179 cursos.
Lista de espera
Entre os dias 1º a 12 de julho ocorre o prazo para que os candidatos manifestem interesse em participar da lista de espera.

Podem participar os estudantes não selecionados em nenhuma de suas opções nas chamadas regulares e os candidatos selecionados em sua segunda opção, independentemente de terem efetuado a matrícula. A participação na lista de espera somente poderá ser feita na primeira opção de vaga do candidato.
A lista de espera do Sisu será utilizada prioritariamente pelas instituições participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas nas duas chamadas regulares do Sisu, a partir do dia 17 de julho.
Em caso de empate entre dois ou mais estudantes pelas notas do Enem 2012, o desempate será feito, pela ordem:
I - nota obtida na redação;
II - nota obtida na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias;
III - nota obtida na prova de matemática e suas tecnologias;
IV - nota obtida na prova de ciências da natureza e suas tecnologias;
V - nota obtida na prova de ciências humanas e suas tecnologias.



 G1 EDUCAÇÃO























ESTADO DO CEARÁ É CONDENADO A PAGAR R$ 12 MIL A SOLDADO.

 

 
O Estado do Ceará deve pagar indenização para o soldado R.A.C.M. Ele alegou ter sido humilhado publicamente por um capitão e um major da Policial Militar do Ceará. Em 2007, o Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza determinou o pagamento de R$ 12 mil a título de reparação moral. 

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a sentença na última segunda-feira, 17, ao julgar o caso.Segundo os autos, em agosto de 2003, o soldado estava na viatura com um sargento e outro soldado, quando o carro apresentou defeito mecânico, nas proximidades do Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Edson Queiroz. 

Como o reboque da Companhia de Policiamento Rodoviário estava demorando, o sargento determinou que R.A.C.M fosse comprar comida em lanchonete próxima. Chegando ao local, ele pediu os lanches e, enquanto aguardava, se dirigiu ao banheiro. 

Em seguida, ouviu gritos do lado de fora do estabelecimento. Ele entreabriu a porta e verificou a presença de homens armados. Pensando que se tratava de assalto, o policial empunhou a arma, quando um dos homens foi até o banheiro, com revólver na mão, e gritou que era da polícia.

O soldado baixou a arma, mesmo assim foi arrastado para fora do lavabo e jogado ao chão. Teve ainda parte do fardamento retirado e objetos pessoais tomados. Os responsáveis pela ação foram um capitão e um major da Polícia Militar, que estavam à paisana. Depois, os oficiais o conduziram ao 30º Distrito Policial, onde foi apresentado ao delegado e liberado no mesmo dia. Mesmo assim, a vítima teve de responder à sindicância formal como acusado pelo ocorrido.

Sentindo-se humilhado, o PM ajuizou ação contra o Estado, requerendo indenização por danos morais. Na contestação, o ente público afirmou que os oficiais agiram no estrito cumprimento do dever legal. O Estado chegou a ingressar com apelação do TJCE, mas a 3ª Câmara Cível manteve a decisão de 1º Grau. O relator do processo, desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes, destacou que, “em se tratando de responsabilidade civil objetiva do Estado, impõe-se a este a obrigação de indenizar quando demonstrado o nexo de causalidade entre o dano e a ação do agente público, e inexistente a prova de culpa da vítima pelo evento, como é o caso dos autos”.



Redação O POVO Online

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