quinta-feira, 28 de março de 2013

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Debandada de servidores esvazia Comissão de Direitos Humanos da Câmara após eleição de Feliciano

Dos dezenove funcionários, dezessete pediram afastamento. Desses, doze são efetivos e estão sendo realocados em outras atividades

Marco Feliciano durante reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados 

A permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias provocou uma debandada de servidores. Dos dezenove funcionários que trabalhavam no colegiado, somente dois ficaram. Alguns foram dispensados, outros pediram para sair. Com a debandada, acredita-se que pode ocorrer um prejuízo de perda de "memória" do trabalho na comissão, já que há risco de se perder o que vinha sendo feito pelos servidores. Exercendo a presidência sob protestos, Feliciano será levado ao Conselho de Ética pelo PPS pela suspeita de uso de recursos da Casa em proveito próprio.
A assessoria do deputado do PSC afirmou que o processo de substituições é "natural". Diz que alguns dos servidores pediram desligamento ao longo do mês e outros foram dispensados para que o deputado pudesse formar sua própria equipe. Dos dezessete funcionários que saíram, doze são efetivos da Casa e estão sendo realocados em outras atividades. Os dois servidores que ficaram pediram ao parlamentar para continuar.
Servidores que atuaram na comissão contam que sete deles deixaram os cargos por diferenças ideológicas assim que Feliciano foi eleito. Outros continuaram na expectativa de uma renúncia do pastor, o que teria levado alguns aliados de Feliciano a tomá-los por "espiões".
Ex-presidente da comissão, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) relata que uma consequência da debandada é a perda da "memória" do trabalho realizado. "Esse é mais um capítulo dessa tragédia que se abateu sobre a comissão. As pessoas estavam ali há muito tempo e tinham todo o conhecimento do que já foi feito", disse. Para ele, o PSC, que não teria parlamentares ligados à causa, também não possui servidores com o perfil necessário para o trabalho. A assessoria de Feliciano sustenta que foi feita uma transição para se absorver o máximo possível de informações dos funcionários que deixaram os cargos.
Conselho de Ética — Na tentativa de retirar Feliciano do comando da comissão, uma vez que ele se recusa a renunciar, o PPS decidiu entrar na próxima terça-feira (2) com processo por quebra de decoro parlamentar contra o pastor no Conselho de Ética da Casa. O colegiado tem a possibilidade de decidir por um afastamento de Feliciano da função. "Precisamos acabar de vez com a situação vexatória vivida na Câmara desde a eleição do pastor para presidir o colegiado", disse o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).
Para o PPS, além das acusações de racismo e homofobia, o pastor precisa explicar denúncias de uso irregular de verbas de sua cota na Câmara. Jordy alega que Feliciano paga com dinheiro público escritórios de advocacia que lhe defendem em processos de interesse pessoal. O pastor nega irregularidade. O deputado do PPS defendeu ainda como alternativa uma renúncia coletiva dos integrantes da comissão de Direitos Humanos, mas a ideia deve ser descartada pelos líderes porque a maioria do colegiado é composta por apoiadores do pastor.
Feliciano respondeu republicando nas redes sociais um vídeo que veio a público no ano passado em que Jordy estaria pedindo a uma namorada para realizar um aborto. Na ocasião, o deputado do PPS diz que apenas estava demonstrando cuidado com a gravidez, fruto de um relacionamento fortuito.
Ignorando os protestos e as pressões por sua saída, Feliciano segue tentando promover uma agenda na comissão. Sua assessoria divulgou que o parlamentar, acompanhado de outros colegas, irá à Bolívia no dia 9 de abril para tratar da situação dos 12 torcedores corintianos presos devido à morte de um garoto durante um jogo da Copa Libertadores, em Oruro. O pastor pretende ainda manter a agenda de audiências públicas no colegiado.
(Com Estadão Conteúdo)



























Coreia do Norte está de prontidão para atingir bases dos EUA

Ordem foi dada pelo líder norte-coerano, Kim Jong-un, depois que os EUA realizaram exercícios com aviões "invisíveis"


O líder norte-coreano, Kim Jong-Un
Kim Jong-un: Líder norte-coreano emitiu as ordens durante uma reunião à meia-noite com os principais generais e "julgou que havia chegado a hora de acertar as contas com os imperialistas dos EUA, tendo em vista a situação que vigora", informou a agência de notícias oficail do país.

Seul - O líder norte-coreano, Kim Jong-un, determinou que as unidades de mísseis do país fiquem de prontidão para atacar bases militares dos Estados Unidos na Coreia do Sul e no Pacífico em uma reunião de emergência na sexta-feira (horário local), depois que os EUA realizaram exercícios com aviões "invisíveis", informou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte KCNA.
A KCNA disse que Kim emitiu as ordens durante uma reunião à meia-noite com os principais generais e "julgou que havia chegado a hora de acertar as contas com os imperialistas dos EUA, tendo em vista a situação que vigora".
"Ele finalmente assinou o plano para preparações técnicas de foguetes estratégicos da KPA, ordenando que estejam de prontidão para disparar, de maneira que possam atacar a qualquer hora o continente norte-americano, suas bases militares em teatros de operações no Pacífico, incluindo Havaí e Guam, e aquelas na Coreia do Sul", acrescentou a agência.
Os Estados Unidos realizaram nesta quinta-feira exercícios com dois aviões "invisíveis" sobre a Coreia do Sul, em mais uma demonstração de força para a Coreia do Norte depois de realizar atividade semelhante com um bombardeiro B52 nesta semana, em um momento de tensão elevada na região.
Os aviões do tipo Stealth ("furtivos") são indetectáveis por radares. Em nota, a Força Aérea dos EUA na Coreia disse que a missão envolveu dois bombardeiros modelo B-2 Spirit, vinculados à 509a Esquadra de Bombas.
Também na quinta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, afirmou que as ações provocativas e o tom beligerante da Coreia do Norte "intensificam o perigo" na região. Mas ele negou que o uso dos bombardeiros "invisíveis" tenha agravado a situação.
"Devemos levar a sério cada palavra e ação provocativa e belicosa que esse novo jovem líder adotou até agora", disse Hagel em entrevista coletiva no Pentágono.

ABRIL.COM

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