quinta-feira, 21 de março de 2013

CURIOSIDADES

Acordo judicial obriga McDonald's a pagar R$ 7,5 milhões em indenização

Ação foi movida pelo Ministério Público e decisão vale para todo o Brasil.
Rede de fast-food foi acionada por descumprir legislação trabalhista

Unidade do McDonald's na avenida Independência, em Piracicaba (Foto: Araripe Castilho/G1)
Maior franquia da rede de fast-food McDonald’s no Brasil, a empresa Arcos Dourados terá que pagar uma indenização de R$ 7,5 milhões por dano moral coletivo. A decisão da juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, foi proferida na noite desta quinta-feira (21) e é válida em todo o País. A magistrada atendeu a um pedido do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, que ingressou com ação civil pública contra a empresa. A Arcos Dourados foi acionada por obrigar funcionários a fazer a jornada móvel e a consumir apenas os lanches do McDonald’s no horário das refeições. A franquia, que tem 600 lojas e emprega cerca de 42 mil pessoas, não pode mais recorrer da sentença.
Autor da ação contra a empresa, o procurador do Ministério Público do Trabalho, Leonardo Mendonça, informou que a Arcos Dourados se comprometeu a extinguir a jornada móvel dos funcionários até o fim deste ano. A prática faz com que o empregado esteja, efetivamente, muito mais tempo à disposição da empresa do que as oito horas de trabalho diárias previstas nos contratos “normais” de trabalho. “Se a rede descumprir qualquer um dos itens formalizados no acordo terá que pagar multa de R$ 2 mil por cada funcionário”, explicou.
Ainda segundo o procurador, a franquia terá que investir, a partir de janeiro do próximo ano, em campanhas para informar os empregados sobre seus direitos. O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco vai indicar, dentro de 90 dias, de que forma a empresa deve destinar os R$ 7,5 milhões ajuizados no acordo. “Provavelmente, o montante será destinado a instituições de caridade”, adiantou Leonardo Mendonça.
Conforme o Ministério Público do Trabalho, empregados que se sentiram penalizados pelas obrigações decretadas pela empresa poderão ingressar com ações na Justiça para exigir indenização. “Até o fim do ano, a rede também deve adotar a jornada fixa para os funcionários”, ressaltou o procurador.
No último dia 19, a Justiça já havia decretado, em caráter liminar, que a Arcos Dourado regularizasse a jornada de trabalho de todos os seus funcionários no país. A decisão também determinava que a empresa deixasse de proibir os empregados de levar sua própria alimentação para consumir no refeitório.
Veja a nota divulgada pela Arcos Dourados:
"A Arcos Dourados, que opera os restaurantes McDonald’s no Brasil, tem plena convicção da legalidade das práticas laborais adotadas e aceitou o acordo estabelecido com o Ministério Público e as autoridades da área. A empresa está sempre em busca das melhores soluções para seus mais de 42 mil funcionários, que fazem da empresa um dos maiores empregadores e contribuintes de impostos do país. Por isso, a companhia também ressalta que:
1)    Possui o compromisso de cumprir rigorosamente a legislação trabalhista e realiza o pagamento de todas as horas em que o funcionário está à disposição no restaurante, desde o momento em que chega até o que sai.  A empresa foi uma das primeiras a adotar o ponto eletrônico biométrico no país, que registra todo o período trabalhado.
2)    Alterou o cardápio das refeições oferecidas aos funcionários, conforme as orientações das autoridades da área, com opções diversas de pratos balanceados e desenvolvidos por nutricionistas. Os funcionários da companhia, através de pesquisas de satisfação, participaram do processo de escolha dessas novas refeições.
3)    Adota jornadas de trabalho legais, sem qualquer violação ao direito trabalhista de seus funcionários, com pagamento de pisos salariais estabelecidos pelos sindicatos de cada cidade onde atua no país, mas aceita modificar esse procedimento em prazos tecnicamente viáveis pactuados com as autoridades da área".

G1.COM





























Herói no resgate de vítimas das chuvas em 1981 perde família em deslizamento no mesmo lugar, em Petrópolis


Jamil carrega corpo de menina no bairro Independência, em Petrópolis, em 1981. Na época, a chuva causou a morte de 67 pessoas e deixou 300 feridas em todo estado. Em 2013, no mesmo lugar, Jamil perdeu a filha e os dois netos 
Em 1981, Jamil Luminato comoveu o país ao carregar o corpinho de uma menina morta durante um temporal em Petrópolis. Passados 32 anos, o herói vive o drama de perder parte da família no mesmo bairro Alto Independência. Nesta quinta-feira, Jamil sepultou a filha Drucilane Alves Luminato, de 27 anos, e os netos João Vítor, de 2, e Rodrigo Oliveira Valle, de 4, no Cemitério de Petrópolis.
— Essa tragédia se repete sempre. Todo ano, sempre igual. Daquela vez, ajudei a salvar os vizinhos. Ajudei aquela vez e em outras que a chuva fez estragos. Infelizmente desta vez, foi com minha filha e meus netos. Espero que façam algo para que não volte a acontecer — desabafou.
Aos 53 anos, Jamil costuma, toda vez que chove, sair às ruas para ajudar no resgate de vizinhos. Quando chegou à casa da filha, já era tarde. No lugar onde ficava a casa, havia apenas um buraco e lama. Drucilane chegou a ser retirada com vida dos escombros, junto com seu marido, Rodrigo Valle, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Santa Tereza.
Jamil Luminato enterra a filha, Drucilane Alves, e os netos Rodrigo e João Victor, no Cemitério Municipal de Petrópolis
Jamil Luminato enterra a filha, Drucilane Alves, e os netos Rodrigo e João Victor, no Cemitério Municipal de Petrópolis Foto: Gabriel de Paiva / O Globo
— Ela foi retirada da lama e foi para o hospital, onde operou o fêmur, que havia quebrado. Ela ficou no CTI esse tempo e não contamos a ela sobre os meninos — disse a mãe da jovem, Aparecida de Souza Alves, de 45 anos.
A filha e o genro de Jamil planejavam deixar o imóvel onde moravam. Eles temiam que, como aconteceu, a casa fosse destruída quando acontecesse um temporal mais forte.
— Eles estavam construindo uma casa numa local próximo, mas fora de área de risco. Infelizmente não deu tempo. Nossa família não foi a primeira, e nem será a última a sofrer essas perdas. Ninguém faz nada e a tragédia vai se repetir — disse Edmílson da Silva, tio de Drucilaine.
A imagem de Jamil em 81, estampada na capa do “Jornal do Brasil” rendeu um prêmio Esso de Jornalismo, na categoria regional, ao fotógrafo Carlos Mesquita, morto no ano passado.
— Meu netinho mais velho tinha começado na escolinha. O pequeno queria ir também, minha filha ia ver uma creche para ele. Pensar no que aconteceu é muito difícil. Meu genro está no hospital ainda, mal. Ele precisa de doação de sangue — afirmou Jamil.

EXTRA.COM































Homem dorme em colchão entre galhos de árvore na Lagoa, no Rio

Morador de rua aproveita sombra e brisa para cochilar na Zona Sul.
Espaço de 1 m² no 3º bairro mais caro do país custa cerca de R$ 15 mil.

Homem dormia profundamente entre os galhos da árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas na manhã desta quinta-feira (Foto: Fabiano Ristow/TV Globo)
À tarde, colchão permanecia no local, mas o dono não foi encontrado (Foto: João Bandeira de Mello / G1)

Árvores onde o homem colocou o colchão ficam entre a Avenida Epitácio Pessoa e à ciclovia da Lagoa (Foto: João Bandeira de Mello / G1) 
Um morador de rua chamava a atenção de quem passava pela Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, na manhã desta quinta-feira (21). Em meio a galhos da vegetação que beira a água, a cerca de 1,5 metro do chão, o homem dormia profundamente sobre um colchão encaixado logo abaixo da folhagem, que garantia a sombra. O bairro é o terceiro mais caro do país, de acordo com o índice FipeZap, e o metro quadrado custa cerca de R$ 15 mil

G1.COM




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário